30 de março de 2016

Fatos desconhecidos sobre o Monte Everest

O Monte Everest é famoso por ser o ponto mais alto do planeta, então é muito provável que você já ouviu falar dele em diversas ocasiões. 
Localizado na cordilheira do Himalaia, na fronteira entre a República Popular da China e o Nepal, com cerca de 8.849 metros de altura (a montanha continua crescendo 4 milímetros por ano) ela já foi citada em filmes, jogos, revistas e muito mais. Mesmo assim existem muitos fatos sobre o Everest que muita gente desconhece, confira alguns deles agora mesmo.

Survey of India, Domínio público, via Wikimedia Commons
A montanha ganhou seu nome em inglês em 1865, o nome Everest foi dado por Sir Andrew Scott Waugh, o topógrafo geral da Índia Britânica, com o apoio da Real Sociedade Geográfica do Reino Unido, em homenagem ao seu predecessor, Sir George Everest.
George foi um geógrafo, engenheiro cartógrafo e topógrafo galês. Ocupou o cargo de Engenheiro Cartógrafo Geral da Índia entre 1830 e 1843 e foi o responsável por terminar o grande estudo cartográfico do país, ao longo do arco meridiano do sul indiano estendendo-se até o norte do Nepal, cobrindo uma distância de aproximadamente 2.400 quilômetros. Este estudo foi iniciado por William Lambton em 1806 e durou diversas décadas até sua conclusão. 
O curioso é que dizem que George nunca quis que dessem seu nome a montanha.

Foto de Mari Partyka na Unsplash
O monte tem outros nomes além de Everest, Em nepalês o pico é chamado de Sagarmatha ("Deusa Mãe do Céu"), em chinês ele é chamado de Shèngmǔ Fēng ("Pico da Santa Mãe") e em tibetano Chomolangma ou Qomolangma ("Deusa Mãe da Terra"). Ele ainda foi chamado de Peak XV pela Pesquisa Imperial Britânica.

Alataristarion, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
A montanha gigante foi formada quando a placa continental da Índia colidiu com a da Ásia. A placa da Índia empurrou a da Ásia e elevou uma enorme massa de terra, criando a cadeia montanhosa mais alta do mundo.
Estima-se que o Himalaia tenha surgido cerca 50 a 40 milhões de anos atrás.

Lance Trumbull - EverestPeaceProject.org, CC BY-SA 3.0 US, via Wikimedia Commons
Subir o Everest é muito perigoso, devido a altitude de mais de 8.000 metros e o frio que chega até -36°C, os alpinistas podem sofrer de sérios problemas de saúde, entre eles: desidratação, cortes na pele e nos lábios, falta de oxigênio, aumento de ventilação pulmonar e frequência cardíaca, produção acelerada de hemoglobina, dores fortes de cabeça, náusea, risco de edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões) e edema cerebral (acúmulo de líquido no cérebro), sensação de embriaguez, congelamento e cegueira temporária.
Uma pessoa normal não sobreviveria por mais de 1 dia no topo do Everest sem o equipamento certo.

Nula666 (talk · contribs), CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
O Monte Everest não é realmente a montanha mais alta do planeta. Este título pertence a Mauna Kea, que tem 10.200 metros de altura. No entanto, a maior parte de Mauna Kea reside abaixo do nível do mar. O Monte Everest é o pico mais alto do mundo acima do nível do mar.

Irbis1983, Domínio público, via Wikimedia Commons
É muito difícil encontrar qualquer ser vivo no topo do Everest, mas vários animais fizeram da parte mais baixa da montanha seu lar. isso inclui o Leopardo-das-Neves, Goral, Hemitragus Jemlahicus, Urso-Negro-Asiático, Pandas Vermelhos, Iaque-do-Himalaia e até mesmo pequenas aranhas da espécie Euophrys omnisuperstes, mais conhecidas como Aranha Saltadora do Himalaia, alpinistas já encontraram esses aracnídeos a uma altura de 6,7 mil metros.

Narender8848, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
Devido a grande dificuldade de subir o Monte Everest, é provável uma pessoa morrer ou se acidentar durante o percurso. Estima-se que mais de 340 pessoas morreram lá em cima, e, se você quiser, você pode até mesmo visitar uma página na Wikipedia que tem o nome de todas as vítimas e como elas morreram.
Mas você já se perguntou o que acontece com os corpos? Como seria muito difícil subir na montanha e descer os corpos, eles são deixados lá mesmo e passam a servir como pontos de referência para os próximos alpinistas.

Foto de Nathan Langer na Unsplash
Além de ser estupidamente perigoso, subir o Everest também é supercaro, uma pessoa gasta em média de US$ 45.000 para chegar até o topo da montanha.
Os gastos incluem: a viagem até o Nepal, a viagem até Lhasa (onde ficam os acampamentos dos alpinistas) equipamentos, transportes, comida, hotel, permissão do governo Nepalês, imunização, iaques (para carregarem equipamentos) e xerpas, que são os guias especialistas da montanha, sem eles é praticamente impossível você chegar até o topo.

McKay SavageCC BY 2.0, via Wikimedia Commons
Já que os xerpas tem de levar vários grupos de alpinistas até o topo da montanha é lógico que eles acabam escalando a montanha várias vezes. Um ótimo exemplo são os xerpas Apa Sherpa e Phurba Tashi que detêm o recorde de maior número de subidas do Everest, ao todo eles já subiram 21 vezes até o topo.
Eles usaram esse recorde para conscientizar as pessoas sobre o aquecimento global, que está derretendo a montanha cada vez mais.

Chagai at English Wikipedia, Domínio público, via Wikimedia Commons
Os xerpas em geral levam a segurança muito a sério e eles não tem problemas em brigar com os alpinistas que são um risco as outras pessoas. 
Em 2013 os escaladores Ueli Steck, Simone Moro e Jonathan Griffith supostamente ignoraram as ordens dos xerpas de parar a escalada. Os xerpas acusaram os escaladores de causar uma avalanche que atingiu outros xerpas que estavam escalando mais abaixo. Os alpinistas negaram as acusações e o confronto se tornou violento, os guias atacaram os alpinistas com chutes, socos e pedradas, Moro disse que um deles até ameaçou matá-lo. 
A montanhista americana Melissa Arnot disse para o trio fugir para o acampamento antes que eles os atacassem até a morte. A briga só acabou quando um oficial do exército do Nepal interveio e os dois lados assinaram um acordo de paz para resolver a situação.

Foto de Claudio Schwarz na Unsplash
Além dos cadáveres quem subir o monte vai se deparar com outra surpresa, muita sujeira. Estima-se que a cada subida, cerca de 50 toneladas de lixo (incluindo fezes humanas) são jogadas na montanha. O Eco Everest Expedition vai à montanha todos os anos desde 2008 para tentar resolver o problema, até o governo do Nepal quer impor uma nova lei devido ao problema, eles querem que os escaladores recolham ao menos oito quilos de resíduos em sua descida, senão perdem o depósito de quatro mil dólares de ajuda de custo.

Jamling Tenzing Norgay, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
Já se perguntou quem foi a primeira pessoa a subir o Everest? Esse título vai para o aventureiro Edmund Hillary e o guia xerpa Tenzing Norgay, depois de várias tentativas eles atingiram juntos o cume em 29 de maio de 1953 as 10:30 da manhã, e ficaram lá por 15 minutos. Hillary deixou para trás um crucifixo, já Tenzing deixou chocolates como oferenda.
Mas além dos dois exploradores, a expedição ao topo contava com outras 400 pessoas e 20 xerpas que não tiveram seus nomes marcados na história.

Domínio público, via Wikimedia Commons
Os alpinistas George Mallory e Andrew Irvine na verdade tentaram escalar o Monte Everest em 1924, e foram vistos em 8 de julho daquele ano, logo abaixo do cume, subindo para o topo. A dupla então nunca mais foi vista. Dezenas de exploradores tentaram encontrar seus corpos mas eles continuam desaparecidos até hoje.

Foto de Toomas Tartes na Unsplash
Jordan Romero pode não ter sido a primeira pessoa a escalar o Everest, mas foi a mais nova, ele chegou ao topo em 22 de maio de 2010 com a idade recorde de apenas 13 anos.
Antes de Jordan esse recorde já pertenceu ao aventureiro e instrutor de sobrevivência Edward Michael Grylls, mais conhecido como Bear Grylls, que havia subido até o topo com a idade de 23 anos em 16 de maio de 1998.

steve_w, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons
Na verdade em 1997, Grylls já havia se tornado o britânico mais jovem a escalar a Ama Dablam, um pico que foi descrito por Sir Edmund Hillary, estudante do Everest, como "inescalável".

Deepaksood24, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
Você precisa de muita paciência para escalar o Everest. São necessários aproximadamente 40 dias para chegar ao cume da montanha. Isso sem contar o tempo gasto na caminhada até o acampamento base do Everest, que pode levar de 10 a 14 dias extras.

© Vyacheslav Argenberg / http://www.vascoplanet.com/, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons
Mesmo assim o xerpa Lakpa Gelu escalou o lado sul da montanha no Nepal, do acampamento base ao topo do Everest em um tempo recorde de 10 horas e 56 minutos em 2003.

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