25 de fevereiro de 2017

Conheça as raças de cães que foram extintas

Quando se pensa em extinção muitas pessoas logo pensam em animais selvagens, poucas sabem que animais domésticos também foram extintos, um dos melhores exemplos são as diversas raças de cães que hoje não existem mais. Confira quais são e conheça um pouco de sua história.

Alaunt

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Os cães da raça Alaunt original habitaram a Ásia Central e a Europa ao longo do século XVII. A raça foi originalmente criada pela tribo do Alanos, que criaram os cães para o trabalho e desenvolveram diferentes linhagens dentro da raça para funções específicas.
A raça foi mais desenvolvida na Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e na Itália. Na França foi classificado em três variedades: o Alaunt Veantre, Alaunt Boucherie e o Alaunt Gentile. 
Embora a raça esteja extinta ela contribuiu para a criação de várias raças atuais de cães molossos que ainda existem hoje em dia.

Mastiff dos Alpes

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Esses cães da montanha eram populares no século XIX, mas acredita-se que eles já existissem desde 500 a.C na Europa. Foi uma das primeiras raças a serem consideradas gigantes, eles podiam pesar até 70 kg e ter 1 metro de altura.
Desde os anos 70 cientistas e criadores de cães querem "ressuscitar" a raça, mas até agora não conseguiram muita coisa. Hoje em dia os parentes mais próximos do Mastiff dos Alpes são os São Bernardos e o Mastiff Inglês.

Spaniel Alpino

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Essa raça era muito usada para resgatar pessoas em montanhas (como o São Bernardo faz hoje em dia), principalmente pelos padres da Passagem de St. Bernar que mantinham um hospício perto das montanhas. Em 1847 só existia um exemplar da raça, isso ocorreu devido a acidentes, condições climáticas extremas e doenças. Mesmo assim a raça foi a percursora do Clumber Spaniel moderno.

Blue Paul Terrier

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Os Blue Paul tiveram uma história triste, foram criados especificamente para as rinha de cães, se assemelhavam com os Pit Bulls modernos, pesavam cerca de 20 kg e tinham uma altura de 50 cm. 
Alegam que a raça veio originalmente da costa Galloway, e foi o pirata Paul Jones que a levou para sua cidade natal Kirkcudbright, por volta de 1770. Os primeiros cães a chegar nos Estados Unidos vieram com os imigrantes ingleses em meados do século XIX.

Braque du Puy

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Era uma raça francesa que existiu por volta de 1800. Segundo a lenda seu nome vem de um caçador chamado Dupuy, que supostamente o teria criado, junto a seu irmão, através de cruzamentos entre a raça africana Sloughi com o Braco Francês. 

Bullenbeisser

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Bullenbeisser era conhecido por seu tamanho (até 70 cm de altura) e agilidade, por isso era usado para enfrentar touros em rinhas e também caçar javalis. Possuía duas variedades regionais: o Brabanter Bullenbeisser e o Danziger Bullenbeisser. Hoje a raça foi extinta devido ao cruzamento excessivo com outras raças.

Chien-Gris

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Esses cães existiam nos tempos medievais, ficaram famosos nos anos de 1230. Acredita-se que eles se originaram na região de Tartária. Embora o faro desses cães não fosse tão bom assim, eles ainda eram usados pela guarda real, provavelmente foi o Rei Luis IX que introduziu esses cães ao Novo Mundo. A raça acabou dando seu lugar aos Bloodhound, que tinham um faro mais apurado.

Chiribaya Shepard

Diego Tirira from Quito, Ecuador, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons
O Chiribaya era uma raça pré-colombiana do sudoeste do Peru. Foi estabelecido que era um cão pastor de lhamas e que foi parte importante da estrutura social dos antigos peruanos, ele até mesmo recebia tratamento especial após a sua morte, prova disso é que várias múmias dessa raça foram encontradas em cemitérios bolivianos, cientistas acreditam que as múmias datam de 900 até 1350. O mais provável é que a raça tenha desaparecido depois que conquistadores espanhóis chegaram no Peru.

Cão lutador da Córdoba

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Com um nome desses fica fácil descobrir o porque da raça ter sido criada. A extinta raça, originária da Argentina, foi criado a partir do cruzamento entre o Mastim Espanhol, Bull Terrier, Boxer e o Antigo Bulldog Inglês. Surgida no século XX, era conhecida por seu "desejo" de lutar até a morte. A raça era ainda capaz de caçar em dupla, composta por macho e fêmea.
A raça era tão agressiva, em parte devido aos abusos que sofria, que os machos e fêmeas preferiam lutar entre si do que acasalar. Isto, somado ao número de mortes em rinhas, levou à sua extinção. 
O cão lutador de Córdoba, cruzado com outras raças, deu origem ao Dogo Argentino atual.

Dogo Cubano

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Também conhecido como Mastiff Cubano essa raça também era usada em rinhas, mas sua função principal era caçar escravos fugitivos. Mistura de Bulldogs com Mastiffs a raça deixou de existir no século XIX quando a escravidão foi abolida.

English Water Spaniel

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Raça pequena, eram ótimos caçadores de patos (daí o seu nome "Spaniel de Água Inglês"). A raça era tão popular que até Shakespeare chegou a mencionar ela em sua obra Macbeth.
Acredita-se que a raça foi extinta graças ao cruzamento com outras raças que deram origem aos diversos Spaniels modernos. Foi vista pela última vez em 1930.

Cão Lebre Indiano

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O cão era possivelmente uma mistura de cão doméstico com coiotes e, embora seu nome sugira que ele nasceu na Índia, ele era na verdade canadense. Foi criado pelos nativos da tribo hare para ajudar na caça, como "hare" pode ser traduzido como "lebre" ele acabou ficando com esse nome.
Descrito como brincalhão a raça deixou de existir no século XIX depois que as tribos que o utilizavam passaram a usar armas para caçar ou foram extintas.

Cão Havaiano Poi

JRQuinn, Copyrighted free use, via Wikimedia Commons
O pequeno cãozinho era considerado um protetor espiritual das crianças havaianas, mas também serviu de comida para os havaianos. Como a raça não servia para caçar ela acabou desaparecendo depois que a religião local foi decaindo e o consumo de carne de cachorro foi proibido.
O Poi se parece muito com outra raça extinta chamada Kurí, que também servia de comida para os nativos da Nova Zelândia. 

Paisley Terrier

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A raça originária da Grã-Bretanha foi criada principalmente como um cão de estimação e foi o progenitor do atual Yorkshire Terrier. A raça foi chamada de Paisley Terrier pois a maioria dos cães vieram do mesmo local, Paisley, mas também foi chamada de Clydesdale Terrier.
Em um livro escrito em 1894, o autor especula que o Paisley Terrier foi criado por amadores em Glasgow que selecionaram Skye Terriers com costas curtas e longas e pelos sedosos "até que eles diferenciaram racialmente".

Russian Tracker

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Como o nome indica a raça era russa, deixou de existir no século XIX mas foi usada por centenas de anos para proteger o gado de ladrões e caçar veados. Pesava até 45 kg e tinha uma altura de 70 cm, era rápido, flexível e inteligente. Desapareceu depois de cruzamento excessivo com outras raças.

Talbot

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Cão de caça que deu origem ao famoso Beagle moderno, acredita-se que a raça nasceu em algum lugar da Normandia e foi trazida a Inglaterra por William, o Conquistador durante o século XVI. Muitas famílias da época usavam o cão como seu símbolo.
A raça desapareceu no século XVIII dando lugar aos Bloodhounds, que eram caçadores melhores do que o Talbot. 

Tahltan Bear Dog

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Cão de origem canadense, era rápido e ágil, mesmo sendo pequeno foi muito usado para caçar ursos, era descrito como sendo corajoso contra ursos e amigável com humanos e animais menores. 
Quando exploradores de outras partes do mundo chegaram junto com outras raças de cães o pequeno Tahltan perdeu espaço e passou a cruzar com essas raças, desaparecendo completamente nos anos 70.

Sakhalin Husky

武藏, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
Raça japonesa usada para puxar trenós, foi o precursor do Akita-Inu moderno. Pesava até 40 kg e media até 66 cm. Não está completamente extinto, em 2011 ainda existiam dois exemplares vivos da raça. 
Os cães ficaram famosos depois que uma expedição japonesa de 1958 com destino a Antártica foi obrigada a deixar 15 desses cães para trás, no fim apenas 2 sobreviveram até o resgate chegar, a história emocionou o mundo e virou filme, um deles, chamado Resgate Abaixo de Zero, saiu em 2006 e usou Huskies Siberianos e Malamutes no lugar dos Sakhalins. Os cães que ficaram presos ganharam monumentos em cidades japonesas.

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